segunda-feira, 15 de março de 2010

Quem dança por último dança melhor

No clássico das "dancinhas" durante as comemorações dos gols, quem se requebrou melhor foi o Palmeiras, que atuando no limite conseguiu uma ótima vitória sobre o melhor time do Brasil no momento.
E de quebra, sapatiou em cima da crise e trouxe a torcida devolta para seu lado nesse baile chamado Paulistão.
Interessante que o Santos tem participado dos melhores jogos deste primeiro semestre. Pois bem, já tinha protagonizado o jogaço com a Lusa semanas atrás. Mas esse confronto dançante diante do Palmeiras superou a todas as partidas disputadas até agora e sem dúvida assumiu o posto de melhor jogo do ano.
O Santos, jogou como vinha atuando desde início do Paulista, com graça, firulas e qualidade.
Saiu na frente logo no início com um bonito gol de Pará. Depois Neymar se atrapalhou todo, bateu esquisito na bola, mas marcou o gol após uma assistência sensacional de Paulo Henrique Ganso. PHG aliás, é para mim o melhor de todos os jovens desse time, pois ele sim não faz firula por fazer, me lembra o estilo do Káká, com dribles objetivos, sendo um sujeito sério e centrado, pode ver que ele não participa das dancinhas coreografadas após os gols.
Mas voltando ao jogo, o Palmeiras precisou achar o primeiro gol para voltar a disputar a partida.
Estava apagado e quase morto com os 2x0. Mas quando a estrela de Robert aliada a má postura do fraco goleiro santista Felipe, o Verdão acordou. O Palmeirense fez de cabeça após cruzamento de Cleiton Xavier e saída equivocada do goleiro santista.
No reinício após o primeiro gol, o Palmeiras já recuperou a bola, depois bela jogada de Diego Souza, que rolou de calcanhar para Armero cruzar para o artilheiro do domingão, Robert marcar de novo, agora de perna esquerda.
Irritados com a dancinha santista na comemoração ao marcar seus gols, não só contra o Palmeiras mas em todos os jogos principalmente nos clássicos, os Palmeirenses deram a resposta em forma de deboche, fizeram uma coreografia toda espalhafatosa a fim de provocar e dar uma resposta às irritantes dancinhas santistas. Destaque para os dançarinos Diego Souza e Armero.
E assim, dançante, o Palmeiras continuou até o terceiro gol já no segundo tempo. Só por isso, a partida deste domingo já teria sido satisfatória, por uma virada num clássico fora de casa após um time estar perdendo por 2 gols. Mas o destino guardava mais para o clássico da Vila.
Dorival Junior tinha cartas na manga, lançou mão delas e colocou Mádson no lugar do lateral Wesley. Logo depois, uma troca de passes envolvente e Paulo Ganso deu outra assistência para o baixinho troncudo Mádson empatar e comemorar a la Viola, imitando um porquinho. Legal a atitude do Robinho que o puxou pelo braço, evitando possíveis discussões por causa do gesto.
Mesmo faltando pouco tempo para o final do jogo, a impressão era de que a qualquer momento uma das duas equipes iria fazer o gol da vitória. A partida estava em aberto e o iluminado da noite Robert tratou de carimbar sua estrela em clássicos na Vila, já tinha feito dois ano passado lá, e marcou o gol da vitória. Placar final 4x3, muitas dancinhas, provocações e boas jogadas.
Mesmo que o Santos perca, o estilo de jogo com graça, velocidade e firulas é encantador e interessante, é um time que joga e deixa jogar na confiança de que mesmo que tome 2 ou 3 sabe que pode marcar 4 ou 5 no adversário.
Porém dessa vez não deu e o Santos conheceu sua primeira derrota em quase dois meses, a última foi no dia 24 de janeiro para o Mogi-mirim no interior paulista.
O Santos perdeu no momento que pode, com enorme vantagem até para o vice líder, Santo André. Foi importante perder agora para esses garotos terem a exata noção de que não são imbatíveis e que assim como eles driblam e dançam, também podem ser driblados e ter de assistir a dancinhas adversárias e sentir na pele a irritação.
Esse jogo serve como aprendizado para a jovem talentosa equipe santista saber também agir quando está perdendo, coisa que Neymar não soube, bastou algumas provocadas e a pressão por perder em casa que ao ser desarmado pela defesa alviverde deu a chamada "foiçada" em Pierre.
Neymar tem de aprender que assim como os adversários tem de aceitar seus dribles, ele tem de aceitar e ficar quieto quando é bem marcado e perde todas as bolas que disputa. Considero que ele foi expulso com justiça.
A arbitragem aliás foi digna de um clássico. Justa, imparcial e sem erros gritantes que influenciassem o resultado final, gostei muito da atuação do árbitro Antonio Rogério Batista do Prado e de seus auxiliares.
O Palmeiras está agora a quatro pontos da zona de classificação faltando 5 jogos para o término da primeira fase, será possível a classificação?

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