segunda-feira, 12 de abril de 2010

Enfim o Paulistão começou

Aquela velha frase que os mexicanos adotaram para sua campanha em 1970 se encaixa perfeitamente para o São Paulo de 2010 quando o assunto é clássico: Jogou como nunca e perdeu como sempre.
O arquirrival muda, mas a história da partida é a mesma, o Tricolor atua mal no primeiro tempo, leva um sacode, volta para a segunda etapa com o coração no bico da chuteira, supera todos os obstáculos e dificuldades, empata um jogo sofrido na base da raça e da vontade e entrega a vitória de mão beijada ao adversário através ou de gol contra ou da falha de alguém lá atrás nos acréscimos, quando já não dá mais para reagir.
Se a questão era o Santos estar em desvantagem pelo time ser muito jovem, quem foi imaturo foi o Tricolor que com menos de meia hora de jogo já perdia por dois a zero, estava com a defesa toda amarelada e ainda atuava com um a menos graças ao rigor duvidoso do juiz e a infantilidade de Marlos, que cometeu duas faltas sem sentido e prejudicou demais a equipe.
O Santos, redondinho, fez do tricolor presa fácil com um a menos e através de tabelas e movimentação dos 4 homens de frente podia ter feito uma goleada ainda no primeiro tempo.
Na segunda etapa, Ricardo Gomes arrumou a casa, tirou Washington e colocou Cicinho para ajeitar a parte defensiva. Foi atuando em cima da velocidade de Dagoberto que o tricolor começou a sair do massacre santista.
A mulecada da baixada achou que o confronto estava ganho e baixou a guarda, Dagoberto começou a chamar o jogo, junto com Hernanes e Jorge Wagner. A experiência começou a pesar a favor do Tricolor que também em menos de 20 minutos empatou o jogo com belo chute de Hernanes e cabeçada sem chance de Dagoberto.
O empate já era um resultado heróico dentro das circusntâncias, mas era óbvio que a partida não estava decidida.
Depois de tanto correr o tricolor cansou e no final do jogo foi cedendo terreno aos "moleques da Vila".
E a história recente dos clássicos se repetiu, dessa vez a lambança ficou por conta do mais experiente em campo, Rogério Ceni, que mais uma vez falhou numa bola infantil, um cruzamento da lateral em cima dele, dentro da pequena área que o tricampeão mundial interclubes deixou passar e sobrou assim fácil para Durval mandar para as redes e injustiçar o clássico.
O resultado justo seria o empate, mas futebol é um jogo e no jogo não existe justiça, existe sim o mais eficiente e nos clássicos o São Paulo não o tem sido.
Ressalvas devem ser feitas após esse confronto. O favoritismo absoluto do Santos diminuiu frente ao que o São Paulo produziu jogando com um a menos a partida inteira praticamente, porém a força e técnica desse elenco jovem da Vila Belmiro se comrpovou pois mesmo quando as estrelas não brilham; caso de Neymar, Robinho e Ganso que estavam apagados; o time consegue mesmo assim vencer o que mostra que é uma equipe difícil de ser batida seja em que estádio estiver atuando.
O jogo de volta domingo que vem será emocionante e o resultado final para mim é imprevisível. O que podemos afirmar é que o Santos continua a ser o favorito, porém a descrença no que o São Paulo pode ou não fazer diminui pois apesar de não vencer nenhum clássico em 2010 ao menos provou que é um time de reação, que não se dá por vencido facilmente.
Na outra semifinal o favorito comprovou também sua condição. O Santo André venceu com autoridade o Grêmio Prudente e para mim, provou ter mais condições que o adversário de avançar à final diferente do clássico SanSão que está imprevisível.

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